terça-feira, 30 de setembro de 2008

Grande Erro

"O grande erro foi torturar e não matar" - Jair Bolsonaro

Fala de um grande filho da puta durante protesto no Clube Militar, no Rio de Janeiro. Nesta ocasião estudantes e famílias de desaparecidos durante a ditadura cobravam a revisão a lei da Anistia.
Não acredita que isso pôde ser falado ? Confira aqui: http://br.youtube.com/watch?v=N8dPt31ML44

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Novo Dólar

Recebido por e-mail.

Novo Aeon

Elegia 1938

Carlos Drummond de Andrade

Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais,sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronzeou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerrae sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
Caminhas entre mortos e com eles conversassobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrotae adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
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Vamos lá, confessem...

O novo aeon está chegando num trem a todoa velocidade. Agora, basta saber quem vai ficar e quem vai partir. Crise de 29? Vamos estudá-la ao vivo agora. Muitos morreram de fome. Não consigo entender. Por que confiaram de novo no capitalismo? Todos pagaremos o preço. Mas acho que chegaram os últimos dias dos cristãos e dos profetas. Guerra? Fome? Caos? Nova ordem humana.

Boa sorte a todos
Fábio

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Falando em Poesia.....

Morte e Vida Severina

— O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias.
Mais isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem falo ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia.

Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta.

E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida).

Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta, a de querer arrancar alguns roçado da cinza.

(...)

— A quem estais carregando, irmãos das almas, embrulhado nessa rede? dizei que eu saiba. — A um defunto de nada, irmão das almas, que há muitas horas viaja à sua morada.
— E sabeis quem era ele, irmãos das almas, sabeis como ele se chama ou se chamava?
— Severino Lavrador, irmão das almas, Severino Lavrador, mas já não lavra.
— E de onde que o estais trazendo, irmãos das almas, onde foi que começou vossa jornada?
— Onde a caatinga é mais seca, irmão das almas, onde uma terra que não dá nem planta brava.
— E foi morrida essa morte, irmãos das almas, essa foi morte morrida ou foi matada?
— Até que não foi morrida, irmão das almas, esta foi morte matada, numa emboscada.
— E o que guardava a emboscada, irmão das almas e com que foi que o mataram, com faca ou bala?
— Este foi morto de bala, irmão das almas, mas garantido é de bala, mais longe vara.
— E quem foi que o emboscou, irmãos das almas, quem contra ele soltou essa ave-bala?
— Ali é difícil dizer, irmão das almas, sempre há uma bala voando desocupada.
— E o que havia ele feito irmãos das almas, e o que havia ele feito contra a tal pássara?
— Ter um hectares de terra, irmão das almas, de pedra e areia lavada que cultivava.
— Mas que roças que ele tinha, irmãos das almas que podia ele plantar na pedra avara?
— Nos magros lábios de areia, irmão das almas, os intervalos das pedras, plantava palha.
— E era grande sua lavoura, irmãos das almas, lavoura de muitas covas, tão cobiçada?
— Tinha somente dez quadras, irmão das almas, todas nos ombros da serra, nenhuma várzea.
— Mas então por que o mataram, irmãos das almas, mas então por que o mataram com espingarda?
— Queria mais espalhar-se, irmão das almas, queria voar mais livre essa ave-bala.
— E agora o que passará, irmãos das almas, o que é que acontecerá contra a espingarda?
— Mais campo tem para soltar, irmão das almas, tem mais onde fazer voar as filhas-bala.
— E onde o levais a enterrar, irmãos das almas, com a semente do chumbo que tem guardada?
— Ao cemitério de Torres, irmão das almas, que hoje se diz Toritama, de madrugada.
— E poderei ajudar, irmãos das almas? vou passar por Toritama, é minha estrada.
— Bem que poderá ajudar, irmão das almas, é irmão das almas quem ouve nossa chamada.
— E um de nós pode voltar, irmão das almas, pode voltar daqui mesmo para sua casa.
— Vou eu que a viagem é longa, irmãos das almas, é muito longa a viagem e a serra é alta.
— Mais sorte tem o defunto irmãos das almas, pois já não fará na volta a caminhada.
— Toritama não cai longe, irmãos das almas, seremos no campo santo de madrugada. — Partamos enquanto é noite irmãos das almas, que é o melhor lençol dos mortos noite fechada.

(...)

João Cabral de Melo Neto

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

E fez-se a dieta

Dieta é mesmo algo do mal. Imagino que é tão mal, pois ela não consta nem na lista de pragas citadas na bíblia. Devia ser tão obscena que se fosse inserida na bíblia ela só poderia ser lida para maiores de dezoito anos, fato que atrapalharia posteriormente sua disseminação.

Imagino a definição de quais pragas seriam inclusas na bíblia: Reuniram-se os apóstolos frente a um flip chart onde se iniciaria um longo brainstorming. Dele sairiam coisas como: Morte dos primogênitos, pragas das rãs, peste no gado e dieta.

Após a seleção das melhores pragas, um apóstolo se levanta e fala:
- Meu Deus, não se esqueça do pecado original. Aqueles que pecaram e que deram origem à imperfeição humana devem sofrer, juntamente com suas futuras gerações de maneira exemplar para que reconheçam a força do senhor.
Assim, Deus pegou a praga mais horrenda e submeteu a todos os homens. E fez-se homens que engordam, mulheres que possuem celulites e colesterol que ataca a todos os gêneros e idades.
Não contente, criou como que num instante: hambúrgueres, sorvetes, pasteis e diversas outras guloseimas que puniriam que não se submetesse de livre e espontânea vontade ao castigo.
Para a redenção, a punição seria exercícios físicos constantes e muita dieta regada a legumes, verduras e carnes grelhadas apenas no tridente.

Saudações

Saudações.

Amigos, escrevi um texto que até tinha gostado, mas de repente, sumiu o desgraçado.
Por enquanto,
É isso.
Estou muito contente em escrever nesse espaço não espaço.

Beijos

Valeu Carrasco,

Fábio

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Eu me acho esperto, quase sempre, acredite! Mas o difícil não é ser esperto, mas sim saber onde se encontra a tênue linha entre a esperteza e a ingenuidade. Aquela que separa o mundo de conto de fadas do real e me coloca em xeque minuto a minuto.

Um mundo de contos de fadas que o valha, deve ter coisas boas – muitas - moçinho que sempre vence e doces gostosos que não engordam e as coisas ruins, são apenas coisas da minha cabeça. Idéias inventadas que só a gente vê, justamente por ser muito esperto.

Mas já que comprovadamente não sou esperto, sou experto e isso me faz baixar vôo e calar como última demonstração de minha esperteza.

Inauguração !

Sejam todos bem vindos !